Sondagem Industrial aponta para pequena recuperação nos próximos meses

 

Pesquisa

A Sondagem Industrial do RS, divulgada nesta quarta-feira (25) pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), mostra que o cenário descrito pelos empresários não se alterou em março e também no primeiro trimestre de 2018. Isso significa que uma recuperação apenas moderada continua e deve prosseguir no mesmo ritmo nos próximos meses. Na comparação mensal com fevereiro, o índice da produção foi de 56,3 pontos no período. Acima da linha divisória dos 50, mostrou crescimento, o terceiro seguido, em relação ao mês anterior. O mesmo desempenho foi registrado pelo nível de emprego, com o índice de março marcando 52,5 pontos.

A indústria gaúcha ainda registra ociosidade elevada, mas vem caindo, como revelado na passagem mensal, quando a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) subiu três pontos percentuais, chegando a 69%. Em março, com a terceira elevação consecutiva, o índice de UCI em relação ao usual, embora permaneça abaixo dos 50 pontos considerados de uso normal, alcançou 45,9 pontos, contra 44,3 de fevereiro. Ao mesmo tempo, a indústria voltou a formar estoques indesejados em março de 2018, com o índice em relação ao planejado pelas empresas atingindo 51,4 pontos, superando o nível programado depois de três meses ajustados.

TRIMESTRE
No primeiro trimestre de 2018, a Sondagem Industrial apontou insatisfação dos empresários com a margem de lucro operacional (42,1 pontos) e com a situação financeira (47,6) das empresas. Os indicadores, abaixo dos 50 pontos, pouco se alteraram em relação ao último trimestre de 2017. Os empresários consideraram as condições de acesso ao crédito menos adversas nos primeiros três meses de 2018. O Índice foi de 41,1 pontos, o maior desde o quarto trimestre de 2013.

O principal problema apontado na pesquisa no período para o setor foi a elevada carga tributária, com 39,8%. A demanda insuficiente, 37,6%, também foi bastante considerada, assim como a falta ou o alto custo das matérias-primas (25,3%), item que ganhou mais relevância nos resultados em relação ao último trimestre do ano passado.

Os empresários ouvidos na pesquisa da FIERGS, porém, continuam otimistas para os próximos seis meses, com todos os indicadores de abril permanecendo acima dos 50 pontos e praticamente sem variação na comparação com os registrados no mês anterior. As perspectivas são de crescimento para a demanda (60,2 pontos), para as compras de matérias-primas (58,1), para o emprego (52,2) e para as exportações (59,6). Outro resultado que atesta o cenário mais favorável para o setor foi a intenção de investir, cujo índice atingiu, em abril de 2018, o maior nível em quatro anos: 57,3 pontos.

A Sondagem Industrial consultou 221 empresas, sendo 57 pequenas, 82 médias e 82 grandes, no período entre 2 e 13 de abril. Mais informações em http://fiergs.org.br/pt-br/economia/indicador-economico/sondagem-industrial.

Atividade industrial no RS tem o melhor primeiro trimestre desde 2010

Pesquisa

A atividade industrial gaúcha fechou o primeiro trimestre de 2018 com crescimento de 2,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, revela pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), nesta quarta-feira (2). Foi o melhor primeiro trimestre desde 2010 e o único aumento nesse período desde 2013, segundo o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS).

Na expansão no ano, o destaque ficou com as altas de 7,2% do faturamento real e de 7% das compras industriais. A Utilização da Capacidade Instalada - UCI e o emprego registraram elevações mais modestas, 2,1 pontos percentuais e 0,6%, respectivamente, enquanto as horas trabalhadas na produção (-0,6%) e a massa salarial real (-2,6%) caíram ante o primeiro trimestre de 2017.

Ainda no acumulado do trimestre, a expansão de Veículos automotores (19,5%) foi a principal contribuição positiva entre os 17 setores pesquisados no IDI-RS. Destaques ainda para os aumentos da atividade nas indústrias de Tabaco (11,7%), de Produtos de metal (4,2%) e de Alimentos (2%). Em sentido contrário, as principais influências negativas partiram de Máquinas e equipamentos (-2,6%), Químicos e refino de petróleo (-1,5%) e Couros e calçados (-1,4%).

Ao se comparar com o mesmo mês de 2017, a atividade industrial ficou estável em março, depois de oito meses de altas consecutivas. O resultado, embora possa sugerir desaceleração, precisa ser relativizado, já que março de 2018 teve dois dias úteis a menos do que o mesmo mês do ano passado em função do Feriado de Páscoa: 21 ante 23.

MENSAL
Na análise de março em relação a fevereiro de 2018, o IDI-RS aponta para uma queda de 2,8% no nível de atividade, a maior desde janeiro de 2017. Parte desse resultado, porém, também pode ser atribuída ao calendário de março com menor número de dias úteis do que o normal, efeito que, apesar de minimizado, não é totalmente eliminado pelo ajuste sazonal. A influência do calendário levou ao desempenho negativo em todos os indicadores do IDI-RS: compras industriais (­7,4%), faturamento real (-2,3%), horas trabalhadas na produção (-0,4%), emprego (-0,2%), massa salarial (-1,3%) e UCI (-0,8 p.p).

Porém, o mesmo efeito de calendário que potencializou a queda da atividade industrial projeta um cenário mais favorável em abril de 2018, com três dias úteis a mais em março do que em 2017. Portanto, os resultados dos Indicadores Industriais nada alteram a tendência atual de recuperação e a expectativa futura da indústria. Ela deve continuar lenta, instável e gradualmente dentro do previsto para o ano, em torno de 3%, segundo análise da FIERGS. Os impactos positivos da queda dos juros e da inflação e da melhora do mercado de trabalho na demanda interna, bem como o aumento das exportações industriais, devem continuar sustentando esse processo.

Mais informações podem ser obtidas em http://www.fiergs.org.br/pt-br/economia/indicador-economico/indicadores-industriais.

← Página anteriorPágina seguinte →